“Faça terapia!”

A frase virou bordão, carimbo, trend.

Tá na bio dos influenciadores.

No feed da sua prima do reiki.

No story do coach que vende autoestima em 12x sem juros.

Mas vem cá…

Você já parou pra pensar por que esse conselho está em todo lugar?

Ou será que virou só mais um “namastê de ocasião”?

Sempre que…

…alguém termina um relacionamento: “vai fazer terapia, amor!”

…alguém surta no trabalho: “amiga, terapia urgente!”

…alguém some das redes: “espero que esteja se cuidando, fazendo terapia”

Então…

Fazer terapia virou tipo “passa Vick Vaporub”. Serve pra tudo.

Pra dor de cabeça, dor de cotovelo, dor existencial.

Mas aí vem o plot twist…

E se nem todo mundo precisar de terapia?

(Eita. Falei. Agora o algoritmo vai me cancelar.)

Vamos com calma. Respira comigo.

Terapia é f*da.

Transforma.

Clareia.

Aprofunda.

Dói (e muito), mas limpa.

É tipo fazer faxina nas gavetas internas que você nunca abre.

Mas a real é:

terapia não é check-list de gente evoluída.

Não é selo de aprovação emocional.

Não é só mais um item do carrinho da “vida saudável”.

Tem gente que precisa, sim. E urgente.

Gente travada de ansiedade.

Com a alma engasgada.

Com o passado ainda morando no corpo.

E tem gente que só precisa conversar. Caminhar. Comer melhor. Dormir direito. Dizer não. Abraçar mais. Rezar. Desligar o wi-fi. Chorar sem vergonha. Ou rir com gosto.

E tá tudo bem.

Fazer terapia é um direito.

Não uma obrigação.

É um convite.

Não uma sentença.

É um mergulho.

Mas ninguém é obrigado a pular de cabeça se nem sabe nadar.

Resumo da ópera?

“Faça terapia” só vale se vier com verdade.

Com desejo real de se escutar.

Com coragem pra encarar o espelho sem filtro.

Se for só pra postar no story e parecer consciente,

então meu bem… é só pose terapêutica.

Terapia é poderosa. Mas não é panaceia.

Nem todo mundo precisa agora.

Mas todo mundo merece se cuidar de um jeito verdadeiro.

Quer começar? Que seja pelo motivo certo.

Não pela moda. Mas pela alma.

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