Slamming e Chemsex: as Práticas Sexuais Perigosas que os Médicos Pedem para Evitar

O uso de drogas recreativas para intensificar relações sexuais, conhecido como chemsex, está associado a graves riscos à saúde e tem se tornado uma preocupação crescente de saúde pública. Dentro desse contexto, o “slamming”, ou slamsex, destaca-se como uma prática particularmente perigosa.

O Que É Slamming?

Slamming combina três elementos principais:

1. Contexto sexual – Sexo grupal, relações sem preservativo e com múltiplos parceiros casuais.

2. Uso de drogas psicoestimulantes – Geralmente metanfetamina ou mefedrona.

3. Administração intravenosa de substâncias – As drogas são injetadas, resultando em efeitos mais rápidos e intensos.

A prática, muitas vezes realizada em festas ou reuniões específicas, visa intensificar a euforia, prolongar as relações sexuais e reduzir inibições. Contudo, a via intravenosa não apenas potencializa o efeito reforçador das drogas, mas também aumenta o risco de dependência e problemas de saúde.

Por Que Algumas Pessoas Praticam?

Pesquisas indicam que o slamming pode proporcionar:

 Euforia intensa e prazer sexual elevado.

 Maior liberdade comportamental, autoconfiança e conexões sociais entre os praticantes.

 Prolongamento de sessões sexuais, o que é percebido como altamente estimulante.

Além disso, o método de consumo torna-se parte da experiência erótica, influenciando diretamente a escolha de parceiros sexuais. Alguns usuários priorizam a prática do slamming sobre características físicas, localização ou preferências sexuais ao selecionar parceiros.

A Difusão em Aplicativos e Redes Sociais

Nos aplicativos de encontros, surgiram gírias e códigos que facilitam a identificação de participantes do chemsex ou slamming:

 HnH (High and Horny) – Estar sob efeito de drogas e sexualmente excitado.

 Tina (T) – Gíria para metanfetamina.

 PnP (Party and Play) – Uso de drogas em festas ou encontros sexuais.

Os Riscos à Saúde

Embora alguns busquem prazer e conexão, os perigos associados ao slamming são significativos:

 Risco de infecções transmissíveis: HIV, hepatite C e outras doenças devido ao compartilhamento de seringas e sexo desprotegido.

 Perda de consentimento: O consumo excessivo de drogas pode levar a desinibição e comprometimento do julgamento, resultando em práticas sexuais não consensuais.

 Complicações físicas e psicológicas: Intoxicações agudas, dependência química e impactos na saúde mental, como depressão e ansiedade.

Prevenção e Intervenção

Para mitigar os efeitos negativos do slamming, é essencial:

 Educar sobre os riscos – Campanhas que abordem o uso seguro de substâncias, consentimento e práticas sexuais protegidas.

 Implementar estratégias de saúde pública – Acesso à profilaxia contra HIV, vacinação, testes regulares e programas de redução de danos.

 Fornecer suporte psicológico e social – Tratamento de dependências químicas e intervenções focadas na saúde mental.

A conscientização e uma abordagem multidisciplinar são fundamentais para enfrentar os desafios associados ao chemsex e slamming, protegendo tanto a saúde individual quanto coletiva.